10.26.2010
Sinto muito
6.21.2010
Ternura amarrotada

5.24.2010
Take them to Bruges

5.12.2010
Entrelinhas

5.02.2010
Para a minha mãe*

4.23.2010
João

4.22.2010
Desiderata

lembrando-te de que há sempre paz no silêncio.
Tanto quanto possível, sem te humilhares,
vive em harmonia com todos os que te rodeiam.
Fala a tua verdade calma e claramente e ouve a dos outros,
mesmo a dos insensatos e ignorantes,
eles também têm sua própria história.
Evita as pessoas agressivas e transtornadas.
Elas afligem o nosso espírito.
Se te comparares com os outros,
podes tornar-te presunçoso e magoado,
pois haverá sempre alguém inferior, e alguém superior a ti.
Vive intensamente o que já podes realizar.
Mantém-te interessado no trabalho,
ainda que humilde, Ele é o que de real existe
ao longo de todo o tempo.
Sê cauteloso nos negócios,
porque o mundo está cheio de astúcias,
mas não deixes que isso te faça desacreditar, a virtude existirá sempre.
Muita gente luta por altos ideais
e em toda a parte a vida está cheia de heroísmo.
Sê tu mesmo,
Principalmente, não simules afectos,
nem sejas descrente do amor,
porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto
ele é tão perene quanto a relva.
Aceita com carinho o conselho dos anos,
mas também sê compreensivo
aos impulsos inovadores da juventude.
Alimenta a força do espírito
que te protegerá no infortúnio inesperado,
mas não desesperes com perigos imaginários.
Muitos temores nascem do cansaço e da solidão,
e a despeito de uma disciplina rigorosa,
Sê gentil para contigo mesmo.
Tu és filho do Universo,
tal como as estrelas e árvores.
Tu mereces estar aqui.
E embora não seja claro para ti, o universo está a desenrolar-se naturalmente.
Portanto, procura estar em paz com Deus
como quer que tu o concebas.
E quaisquer que sejam teus trabalhos e as aspirações,
na fatigante jornada pela vida,
mantém-te em paz com a tua própria alma,
Acima da falsidade, dos desencantos e arduras,
O mundo ainda é bonito.
Sê prudente e faz tudo para ser feliz!
4.12.2010
Músicas perfeitas
3.08.2010
Perfume de mulher *

2.19.2010
Lições de vida, para meditar
- Quando estiveres em dúvida, dá o próximo passo
- Há duas coisas que denotam fraqueza: o calar-se quando é preciso falar e o falar quando é preciso estar calado
- Não te armes em vítima e não te comportes como um salvador
- Um homem correcto exige tudo de si próprio, um medíocre espera tudo dos outros
- Faz a paz com o teu passado, para que ele não estrague o teu presente
- Deixa-te guiar pela intuição pessoal em vez de agires sempre sob a pressão do medo
- A passagem do tempo deve ser uma conquista, não uma perda
8.24.2009
8.22.2009
Magnum Photos

8.20.2009
5.29.2009
"Gosto-te"
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Gosto-te pelo sorriso e pelo sotaque. Pela fluidez dos gestos e das palavras. Soltas. Leves. Perdurando como o sabor de um vinho suave descobrindo os lábios.
Gosto-te porque existes num passado que não chegou a existir, mas que ambos sentimos tactuado. Algures, numa passagem dum poema. Numa nota de rodapé, num canto de um livro.
Gosto-te na decoração dum prato cuidadosamente elaborado. Pelo passar do tempo que nos foge sem se notar. Pelas imagens que surgem e pelos silêncios que não incomodam.
Gosto-te pelas cartas que não te escrevi. Por uma intimidade estranha. Por uma provocação.
Gosto-te pela sedução e pela inocência. Gosto-te porque me fazes pensar. Gosto-te por não saber o verdadeiro porquê. Gosto-te porque sim.
5.22.2009
For K. with Love

Não via a K há muito tempo. K, chamemos-lhe assim. Não via a K ao tempo de já não pensar, ou me lembrar da K. Para aí desde os meus 18 anos, ou seja, há quase esse número de anos. A vida pode dar muitas voltas em 18 anos.
A K foi minha vizinha, anos a fio. Vizinha, e amiga de infância. Amiga de brincadeiras intermináveis. Amiga à distância de um hall de entrada, ora em minha casa, ora em sua casa. Amiga de aniversários. Amiga de ver crescer. Amiga de ficar cheio de mazelas por andar ao supapo para a defender. Amiga.
Ainda me lembro da tara da K em querer ser cabeleireira e de me querer cortar os meus cabelos, cheios de caracóis, à força, e eu a arranjar sempre artimanhas para escapar ileso. Ainda me lembro da mãe da K dizer que seria a minha namorada e eu dizer que éramos só amigos, por já gostar daquela que viria ser a minha primeira namorada no jardim escola. Ainda me lembro do luxo de jogar, mais tarde, PacMan em casa dela, no tempo em que ninguém tinha videojogos, e que o pai da K trazia de Paris. Ainda me lembro das longas noites de Pictionary ou de King com os pais da K, ou das audições de ballet, onde ficava com uma leveza linda, ou das tardes no picadeiro quando começou a participar nas provas de equitação.
A K sempre teve tudo. Tudo a um estalar de dedos, mas sempre fora uma miuda perdida e muito influenciável. Ouve um dia em que os pais decidiram mudar de casa. Mudar de terra, por causa do negócio próspero do pai, e foi assim que me afastei da K. E que fomos perdendo gradualmente o contacto.
Soube, muito mais tarde, que voltara. Mais tarde ainda que o negócio do pai tinha ido à falência. Que os pais se tinham separado. Vi umas duas vezes a mãe da K com os olhos baixos, incomodados, tristes e envergonhados, e o pai como uma sombra vegetal. Um fantasma irrecuperável.
Fui sabendo, de tempos a tempos, coisas tristes da K. Que tinha graves problemas de dependência de drogas. Que passava os dias na rua com muito más companhias e vivia com a mãe. Que custava olhar para ela. Que estivera num tratamento em Espanha e engordara imenso. Que engravidara dum pai desconhecido. Que abortara. Coisas terríveis, mas nunca mais vira pessoalmente a K.
Há pouco tempo, quando regressava a casa cruzei-me com uma rapariga pálida mas morena. Frágil, disforme, que me chamou pelo nome. Só conheci a K após longos segundos. Segundos, que me pareceram horas, até encontrar uns olhos familiares a dançar ballet. Dei-lhe dois ternos beijos, comovido, quase não querendo acreditar no que via e perguntei “Que é feito de ti”. Começou a chorar. Perguntou com uma voz rouca e arrastada: “ainda te lembras de mim? Lembras-te…? Sabes? Não imaginas há quanto tempo não me davam dois beijos e perguntavam por mim”…
5.16.2009
Two more years
Bloc Party, Two more years
[ Two more years, there's only two more years
Two more years, there's only two more years
Two more years so hold on ]
Para uma menina que gosto de ler, porque já passou. Porque há-de passar. Porque tudo passa .)
5.08.2009
5.06.2009
4.21.2009
A ver vamos...

4.11.2009
O (teu) nome é legião

Obrigado António. Por seres simplesmente como és.