9.18.2012

Closer [than this]


The XX, Chained

Red house [over the sea]


There was a time when our eyes followed the autumn leaves dancing in circles. A time stretched to the limits, until it sounds like snow hitting the roof of our thoughts. Waiking whispers and old stories. Lazing the skin, flying with the birds. A time of deserts and a red house, lost over the sea. There was a time that does not seem to return. A time with blankets in nowhere. Mixing the warm of blood in the cold of the nigh. A time of a child holding hands with a missing grandfather. A time with many colors, many smells and dreams. There was a time we must keep closer, hard in our heart. A time to come back sometimes, a time to never forget.   

9.16.2012

Paradise


I have always imagined that paradise will be kind of a library


Jorges Luis Borges 

9.14.2012

Shameless


Depois de ter ficado completamente agarrado às 5 temporadas seguidas disto, eis que surge finalmente um novo vício.

9.12.2012

Pedro e o Lobo



Certo dia, Pedro [apenas assim, Pedro, sem "passo doble" ou "el conejo" pois esse também já emigrou do país] talvez aborrecido por estar sozinho em Massamá, ainda sem facebook e sem doce ou enfermeira para ouvir a sua cândida voz de menino de coro decidiu improvisar uma brincadeira antes de ir ouvir o "Carv#!@lho" à volta da fogueira ao Tivoli e aclamou, repetidas vezes a retoma do lobo que não havia meio de vir, rindo-se como um perdido, dos Fazendeiros [já sem Range Rovers nem tractores] que se sentiam revoltados e enganados [sobretudo pelo Paulo não lhe ter cantado o "e depois do adeus"]. Nisto já quase descabelado de tanto rir, eis que embala em timbre de "três tenores" [em alemão Troika]  não para a aparição de Fátima [pois uma retoma nunca deve ser um acto de fé] mas para o tal lobo, desta vez aparentemente bem avistado lá para os lados de 2011 Odisseia no Espaço [mas com mais 10 anos de folga] que lhe começa a matar a ovelha Cristas, o pastel de nata Álvaro, e até o bichinho Gaspar, gritando aflito para todos: - Mas porque é que ninguém me ajuda? Agora fiquei sem bicharada... Quando, eis que das Relvas insurge ao discurso um eco Maçon "esta história não acaba assim" falta o moral da história: Nunca se deve enganar "os outros" apenas o mexilhão, Oh Pedro... Estudasses...



9.08.2012

These roads


Há dias em que não se escreve por desejo ou o que se quer, mas simplesmente o que a escrita nos exige. Sussura-nos algo ouvido, que vai crescendo ou desenha-nos imagens intermintentes, que vão e vêm, ganhando forma e nitidez, entrelaçando-se à mão como trepadeiras. Às vezes são pequenas frases, aparentemente sem sentido, ou palavras soltas que nos vão arranhando as pernas ou seguindo no caminho ao longo de vários dias, para, a certa altura, nos especarem diante de nós, à espera de um afago ou reação. A escrita chega mesmo a soltar-nos os cães. E nós ali, derrubados no chão, impotentes a sentir-lhe os dentes afiados ou as lambidelas ásperas na face. Há dias em que nada se tem para dizer e no entanto há algo que nos empurra, que nos embala. Algures, por essas estradas.

What does that mean?


Sarah Jaffe, Swelling


9.07.2012

Heartbeat


Há um tempo em que tudo se cala e se ouve o coração. Escuta-se, ali, a palpitar no lugar onde sempre esteve. Tão nosso, tão presente e no entanto tantas vezes amordaçado ao vazio do corpo, escondido, longe, dos olhos, longe do pousar da mão. Um tempo em que o seu ritmo abafa os relógios e o cantar dos pássaros nos beirais. Um tempo que nos resgata do mundo e faz mergulhar dentro de nós, no pulsar do sangue, na respiração. Um tempo que nos conta histórias e nos faz viajar. Um tempo que nos trás e nos rouba. Ali, no palpitar da vida que fomos. Na vida que nos resta.    

9.04.2012

A tua pele


Abel Korzeniowski, Clouds



Levitar e cair, numa gota de chuva, sem fundo, sem tempo, sem barreiras.
Engrossando numa viagem de sentidos. De olhos fechados e mãos abertas.
Até alcançar, por fim, a tua pele.

Assíduos do shaker

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