5.30.2010

Viver sem pressa

Trago os tordos na cabeça desde os campos
d'Atalaia para pôr neste poema -
o vento deixava-nos à porta
ora uma luz rasteira ora um esfarelado
chiar de carros de feno,
dos ramos altos
a tarde caía nos cabelos,
vivíamos sem pressa rente aos lábios.

Eugénio de Andrade

1 comentário:

[Ariana Aragão] disse...

[sem pressa. à velocidade do desejo.]

Assíduos do shaker

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