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O tempo é um assassino. A memória uma prisão. Vivemos algures entre os dois: balançando, oscilando, numa espécie de maré, cobertos por um manto sempre escasso, que se tapa a cabeça, destapa os pés.
Vivemos algures. Entre espadas e paredes. Lâminas afiadas ou superfícies de seda. Entre torpores e sorrisos. Mágoas e vontades abandonadas.
Vivemos tantas vezes. Morrendo e renascendo, numa vida só. Entregando-nos a um tempo sempre em movimento. Sem compaixão. Implacável. O tempo mata e a memória prende. O tempo apaga e a memória recupera.
Vivemos algures, tantas vezes. Mas vivamos. Sempre. Intensamente.
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