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Gustav Klimt, Austria (1862-1918)
Há algo teu na pena de pavão, no ampliar das células. Fragmentos de ti, pedaços, nas escamas, no brilho da madre-pérola. Habitas algures, no fundo do mar, entre limos e corais, mas tens um calor de vulcão. O calor do sol. O calor do sangue. Todas as cores, eram, antes de ti, mais solitárias. Mais despidas, aquando ausentes da tua manta de retalhos, feita de pó de estrelas moídas e magnetismos lunares. Capturas-te o pormenor e inventas-te-lhe sentidos, ampliando ecos que viajam num canto de sereia, embriagando os sentidos, estáticos, petrificados num mergulho implacável, de onde não apetece sair.
Foste amor à primeira vista e paixão interminável. É morar dentro de ti numa constante viagem. Numa maré, nunca igual. Num vento aspirado, que levita para longe.
Acabo, como prometido, com um sobejamente conhecido. O meu favorito, mesmo dos mais conhecidos que não coloquei aqui.
The End
1 comentário:
Um preferido devidamente partilhado
:)
xin xin
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