locuções de um pensamento aberto. No vazio de tudo
eram frontes do universo deslumbrantes.
Em silêncio via-as deslizar num gozo obscuro
e luminoso, tão suave na visão que se dilata.
Que clamor, que clamores mas em silêncio
na brancura unânime! Um sopro do desejo
que repousa no seio do movimento, que modela
as formas amorosas, os cavalos, os barcos
com as cabeças e as proas na luz que é toda sonho.
Unificado olho as nuvens no seu suave dinamismo.
Sou mais que um corpo, sou um corpo que se eleva
ao espaço inteiro, à luz ilimitada.
No gozo de ver num sono transparente
navego em centro aberto, o olhar e o sonho
António Ramos Rosa
3 comentários:
De António Ramos Rosa apenas tinha ouvido falar vagamente... mas gostei do que li!
Até porque é das coisas que gosto de fazer... ficar a olhar para as nuvens... :-))
Beijoca
Quer dizer que estás no relax a beber um martini!
:D
Tchim, tchim
Nanny: Ando a ler dois livros dele, ainda tinha lido pouco .)
Alfabeta: e a ver as nuvens .P
XinXin
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