Meus dedos
lentos
percorrendo
a medo
teu corpo
aberto
oferto.
Meus dedos
surpresos
soltando
o calor
o cheiro
de teu corpo
descoberto.
Meus dedos
olhos
trazendo
imagens
mensagens
ao meu corpo
trémulo.
Esqueci
teu nome
teu rosto
o quando
e o porquê
Só existes
em meus dedos
Eugénia Tabosa
4 comentários:
Não me importava de existir apenas nos seus dedos, significava que pelo menos existia.
È um poema lindíssimo. Uma mensagem fortíssima.
Beijo
Julgo que já todos fomos dedos ou simplesmente, fomos nos dedos....
Gostei!
Mas prefiro existir nos dedos, nos olhos, na boca, no peito e nas costas, no 'todo'... e na cabeça, que não dá descanso. Ou em lugar algum...
Welcome back!
XinXin
;)
impossível entrar, ler e não voltar.
beijo confesso
Enviar um comentário