Deitar-me contigo e ali ficar. Olhos nos olhos. Num lento balançar de tempo novo. Por inventar. Percorrendo-te as feições com um dedo. Enrolando-te um fio de cabelo. Fazendo-te festas com a alma. Sem nada dizer. Tudo o que te dissesse seria a mais. A brancura oculta das palavras adiadas, libertando mistérios. Onde os perfumes dançam e uma mão te percorre a pele. Em serpente. Ouves o entrelaçar dos sonhos? O desejo ofegante a galopar? Este íman proibido aproximando os lábios com fome e sede de bichos. Os jardins suspensos do teu corpo debruçado em mim. A luz mordida. A brisa nua. Que pode uma boca esperar que não outra boca? Perde-te comigo. Encontra-me. No mais fundo de mim. Ouço os ecos dos teus passos. Lentos. Como ondas leves. Descalços em espuma.
Publicado apenas para relembrar, quando apetecer.
7.26.2008
Ouço os teus passos
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1 comentário:
confesso um "dèjá-vu"...muito bom o texto, como aliás grande parte das suas histórias...ainda que nem sempre de encantar, é bom ler!
Xin-Xin
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