1.23.2008

Mahler revisitado

Acordara cansado. Do peso dos sonhos talvez. Sonhos ou pesadelos? Não o sabia, pois raramente conseguia lembra-los. Apenas a certeza dos ter tido nessa noite. Intensos e em catadupa, tinham-se sucedido, uns atras dos outros, quase aos empurrões, tentando, por certo, dizer-lhe algo importante.

Tentava permanecer naquele estado de embriaguez sonolenta, algures entre este mundo e o outro. Esticando ao máximo o que ainda o podia ligar a eles. Imóvel, para ver se os enganava. Em vão. Tentava lembrar-se, mas nada. O esforço inglório apenas aumentava o cansaço.

Permanecera assim, estranho e cansado, todo o dia. Envolto numa música em espiral, quase indecifrável, com o corpo desprovido de movimentos. Em câmara lenta, visitado momentaneamente por flashes de imagens familiares que logo se despediam numa espécie de riso irritante. Não os sentia bons ou maus o que aumentava fortemente a sua indisposição. Que lhe queriam dizer? Será que alguma vez o iria saber?

1 comentário:

lilazdavioleta disse...

É possível.
Com mta paciência , meditação e silêncio.
Mahler, como fundo, talvez ñ seja o mais indicado.
Que tal barulho de àgua corrente e chilrear de pássaros ? :)
Consultar o Freud é que não :)

Assíduos do shaker

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