12.09.2006

Tejo

Madrugada,
Descobre-me o rio
que atravesso tanto
para nada;

E este encanto,
prende por um fio,
é a testemunha do que eu sei dizer.

E a cidade,
chamam-lhe Lisboa
mas é só o rio
que é verdade,
só o rio,
é a casa de água,
casa da cidade em que vim nascer.

Madredeus



Sou feito de água.
Lago cristalino,
mar revolto.
Viajo nas marés,
subo a vapor
mergulho gota a gota
e desaguo em ti,
minha cama
meu adormecer.

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