11.22.2006

Taxi

Such a rush to do nothing at all
Such a fuss to do nothing at all
Such a rush to do nothing at all
Such a rush to get nowhere at all
Such a fuss to do nothing at all
Such a rush...


Coldplay


Cansados vão os corpos para casa de um frenesim quotidiano de tarefas, compromissos, horários. Urgentes, vitais, inadiáveis, multiplicam-se em catadupa, numa velocidade estonteante que veste o tempo de uma transparência que se dilui nos dias.
E para quê? Que velocidade é esta que não deixa saborear um passeio a pé, cozinhar um prato estupidamente demorado com o preceito do pequeno pormenor, o falar com o amigo que entretanto se perdeu o rasto, estudar os eternos mistérios, do universo à filosofia, contemplar as estrelas, ler, reler, reflectir, descobrir, viajar, inventar.
Tantas das nossas preocupações, lutas e desgaste são laranjas sem sumo na salada de frutas do nosso almoço apreçado. Já estou atrasado. Taxi...

1 comentário:

Anónimo disse...

nem imaginas como concordo com isso ...
perde-se tempo com tudo o que "temos" que fazer mas que não serve absolutamente para nada, quando o que nos faz crescer e nos enriquece é um mundo desconhecido e mesmo os que sabem dele não têm com quem o partilhar...
somos escravos, tal e qual os escravos das civilizações antigas, mas nem suspeitamos ...

Andrómeda

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