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ele dizia-lhe amor com os dedos que se perdiam nos cabelos como vento nas searas. ela abaraçava-o muito forte e encostava-lhe nos lábios balões de ar quente que levitavam no avesso da pele. olhavam-se num ondular fundo e demorado, como dois pássaros livres poisados no beiral do seu telhado. Todas as noites era assim. Lentamente, como uma árvore a crescer.
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