6.26.2011

Transparências do mundo

Fotografava a textura das coisas e das palavras, fazendo pausas espassadas como para que respirar, não com o nariz mas com os dedos e com os olhos fechados. Um travar fundo de um fumo espesso mas invisível, que lhes extraía cor e movimento, dilatando o tempo nas veias para lá do tempo, para lá do corpo, ecoando segredos protegidos nas pálpebras fechadas. Fotografava a textura das coisas e das palavras: transparências do mundo, tão visíveis, tão eternas.

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