1.14.2011

Amor

Deito-te no meu caderno e entorno-te como uma aguarela viva - livre. Observo os teus gestos imóveis, sentados só para mim, pendurados ao sono. Avançam e recuam com pés descalços, na lentidão da sombra, debruçados curiosos ao meu ombro. Às vezes descuidam-se desleixados, deixando a marca de um beijo no pescoço para logo se esconderem num cheiro que fica no ar. Passo-te com a mão na pele e na cicatriz das letras que te deixei. O barulho das cigarras avisa o tempo quente que já é dia e que te amo, assim como és.

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