3.06.2010

A vida é que [ainda] não sabe

Reaprendo o caminho das mãos
através do inútil.

Releio incansavelmente
a tua única carta.

Não choro, penso.

Quero ainda seguir o teu voo
o trilho que soube convidar os teus passos

Sentir o que sentes
levar o coração ao teu destino.

Estendo as mãos para a luz
Ficam acesas como se o teu corpo
as convocasse.

Tecemos um amor indestrutível.

A vida é que não sabe.


Rosa Lobato Faria
Excerto do poema "A gaveta de baixo"

2 comentários:

Miss Kin disse...

Eu acho sempre mal quando a vida não sabe, devia andar melhor informada...

Dry-Martini disse...

Miss kin: Ainda... ainda não sabe .)

XinXin

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