11.29.2009

Euler, o bicho de contas

Que feitiço é o teu Euler?
Este, que nos contas, sem nada contares
na tua simplicidade subtil
de bicho de contas?

Fazes de conta que não sabes
que nada contas
que não é nada contigo
Eu sei Euler, já te tive na mão.

Que magia é a tua
que te pára no tempo, enrolado
rolando de mão em mão
do mais velho para o mais novo

Para percorreres uma vida inteira
invisível, até ao dia em que surges
sem nada o fazer prever
rolando, de novo, para outra mão

E nos damos conta
que envelhecemos, também.
Reencontrando-te igual
Igualmente enrolado

Que mistério é esse? O teu Euler?
que ao te deixamos partir
nos deixas preso a uma saudade infinita
enrolada na mão, encostada ao coração

Uma saudade da mão que nos apresentou
Que não mora já cá, que partiu
Que contas são essas meu caro, que já te vais apressado
Que tanto contas tu afinal?

Que contas fazes Euler, que nada me contas ...

2 comentários:

Lady_M disse...

Haverá alguém que não tenha tido já um bicho de contas rolando entre as mãos?

maria gabriella disse...

que poema lindo *.*

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