11.24.2009

Devagar

o estomago ganha peso e afunda-se. vejo-te dobrado sobre esse caos de pedra, órgão sensível a angústia. observo-te como a um duplo lado a lado no mesmo auto-retrato. não comeste nada desde a manhã, cruzas os climas entre o jejum e a náusea. conforto-te sem que me ouças: uma vida longa para quem nunca se descobre. como uma maldição que se cumpre devagar.


Tiago Araújo

2 comentários:

maria gabriella disse...

gostei *.*

Unknown disse...

Angustiante!
kisses

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