5.23.2009

O teu frágil perdurar

No quotidiano mover dos lábios transporto o teu sabor. Guardo-o, precioso, numa espécie de fruto sumarento, salgado pelo mar. Por vezes, quase me esqueço que te trago, todos os dias, mas aí, elevas-te, levitando na frágil beleza de certas palavras. 

No quotidiano fechar dos olhos dançam os teus gestos e contornos. Rebentas, algures, por lá. Numa fragilidade despida. Numa espécie de bolha que me salpica em mil cores. Quentes. Coladas. Que te fazem perdurar no sangue, numa brisa do Suez. Num brilho de lua atenta. Presente. Sempre presente, num intranquilo respirar

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