Saciar uma sede. Esta sede de mais. Que nunca sacia. Que nunca dorme. Este bicho faminto, foragido, sem destino. Um poço sem fundo. Um abismo, egoísta. Onde lábios latejantes fendem ecos vazios nos poços profundos do desejo. Quentes por possuir algo mais. Sempre mais. Até não saber mais que desejar. Que possuímos ao certo afinal? Escravos de sabores fugazes. Passageiros de mel. Medonhos. Diluindo-se na boca que perdeu o sabor original. Sou eu quem te domino. Sou eu quem te seco neste castanho tundra. Prendendo-te nas raizes que te enterram nessa morte interior. Lenta. Envolta dessa sede de mal. Sou eu quem te devoro assim, afinal.
Capítulo Terceiro: Gula (aqui publicado) e Vaidade em Andromeda-News
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