O silêncio é um espião
Quero todo o silêncio do mundo. Todo. E mais algum. O das profundezas oceânicas e o da lua. O do cume e o do deserto. O da noite fria. O da madrugada. Quero todo o silêncio do mundo. O interior. O dos objectos. O do monumento antigo. O das pálpebras fechadas. O mais subtil dos silêncios. Quero respira-lo como ópio. Quero-o nas veias. Nos lábios. A levitar nos meus gestos como ramos. Suspenso. Atento. Alerta.
Mário Quintana
Quero todo o silêncio do mundo. Todo. E mais algum. O das profundezas oceânicas e o da lua. O do cume e o do deserto. O da noite fria. O da madrugada. Quero todo o silêncio do mundo. O interior. O dos objectos. O do monumento antigo. O das pálpebras fechadas. O mais subtil dos silêncios. Quero respira-lo como ópio. Quero-o nas veias. Nos lábios. A levitar nos meus gestos como ramos. Suspenso. Atento. Alerta.
1 comentário:
Como o entendo...
[Todo o silêncio deste mundo...]
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