5.26.2008

Orient Express

A nossa distância é um comboio na escuridão. Caminhando sem se ver mas percorrendo-nos os sentidos. Sentes o terpidar? O barulho dos carris a passar? Os segundos metálicos? O respirar? É um comboio antigo. Forjado à mão com a lava mais quente dos Deuses. Escurecido pelo passar das noites calmas e o cair das folhas. Seguido pela lua e por esta música de ave a migrar. É um comboio com sangue de vida. Ferido, talvez. Um cavalo selvagem sem rédeas. Negro. Que galopa sem descanso. Um comboio com a paz e o calor do deserto. Sem bilhete. Sem ida nem volta mas já com data marcada.

1 comentário:

Gisela FFale disse...

É um comboio com sangue de vida...demasiado forte...Parabéns:)

Xin-Xin

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