2.06.2008

Despir

Despir-te na lentidão infinita duma carícia. Pétala a pétala. Num ondular de mar. Soltando, aos poucos, o peso opaco das vestes. Com uma precisão cirúrgica. Absorvendo cada momento. Cada contorno. Cada pausa. Qualquer palavra estaria a mais. Morreria, de desnecessária. Despir-te suave e demoradamente adiando a trepadeira de sentidos que, sem se tocarem, já se entrelaçam.

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