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Gershwin a meia luz,
e uma taça de champagne.
Meio cheia? meio vazia?
Depende da perspectiva.
Apenas uma,
de algumas questões
que lhe percorriam a alma.
Bonita palavra - perspectiva.
Viaja ao futuro
reparando na arquitectura.
Abre janelas e ângulos.
Cria o poder da imagem.
E a que via, nesse momento
era a perfeição infinita
da sensualidade
do corpo feminino
num piano de cauda.
Atordoado por uma voz,
quente, um pouco rouca,
persentia
o múrmurio das conversas,
o leve cruzar de olhares,
as luzes dos cigarros.
Inundava-lhe, aos poucos,
uma paz. Ocenano
que diluia os pensamentos
na vastidão
do improviso sem regras
duma noite de Jazz.
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