10.08.2006

Medusa

Dureza da pedra, a gretar.
Espalhando-se pouco a pouco
pelo corpo,
lentamente, devagar.

Afiando a angustia
amolecendo a memória
enfraquecida, dormente,
adormecida.

Gelo cortante
nas veias outrora quentes
estende seu manto
escorregadio
afastando-te num deslizar
invisível.

O que se me enrrolou
serpente venenosa
o tempo quer afogar
mas ressuscitará
sempre no teu olhar
de Medusa

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei se foram os deuses, só sei que costumam ser brincalhões e vaidosos - gostam que se fale deles.
Quanto a coincidências, a própria vida é uma lotaria em que só são conhecidos os bilhetes vencedores, por isso...não há coincidências, apenas acasos e o nosso desejo de "ver" ordem no meio do caos.
De qualquer modo, obrigada por teres visitado o meu blog :)
Devo dizer que o teu tem muito bom gosto.

Andrómeda

Assíduos do shaker

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