10.31.2009
For allways
10.30.2009
O reflexo das cores
O mundo é tão diferente quando visto deitado para o céu. Mil pensamentos deambulam, fugindo como nuvens. Diluindo-se no som dos pássaros ou na frescura da relva mas ficando, sem pressa, numa leveza frágil vinda de um lugar estranho, talvez esquecido.
E um mar das coisas vividas a ecoar ao ouvido. Coisas que vi. Que conheci. Num mundo onde tudo parece estar já escrito, onde tudo parece ter que ter um sentido, uma certeza. Adormeço feliz. Guardo espumas e reflexos.
10.29.2009
Piano e Lobo Antunes
Há alturas em que apetece mais ouvir do que escrever. Saborear certas frases, curtas e inofensivas, à primeira vista, mas que se desdobram e ficam dias a sussurrar ao ouvido, intrigando, remoendo. Para a frente, para os lados, para trás.
Há alturas em que um piano e uma passagem tua se entrelaçam e confundem num pensamento. Obrigado António. Gosto de ti.
10.28.2009
Página aberta, do teu corpo
Da grande página aberta do teu corpo sai um sol verde um olhar nu no silêncio de metal uma nódoa no teu peito de água clara Pela janela vejo a pequenina mão de um insecto escuro percorrer a madeira do momento intacto meus braços agitam-te como uma bandeira em brasa ó favos de sol Da grande página aberta sai a água de um chão vermelho e doce saem os lábios de laranja beijo a beijo o grande sismo do silêncio em que soberba cais vencida flor António Ramos Rosa |
10.27.2009
10.26.2009
Arquitectura #10
10.25.2009
Sempre bom
10.24.2009
Fascinante
10.23.2009
Déjà vu *
Não gosto de ler Saramago. Apesar de gostar muito de ler, confesso que nunca consegui terminar nenhum dos seus livros. Na minha modesta e indiferente opinião, existem pelo menos dois, escritores nacionais mais dignos do Nobel que ele ganhou [um vivo e outro já falecido] e não o considero uma personalidade particularmente interessante. Não tenciono, portanto, comprar [ou mesmo vir a ler] o seu novo livro, apesar de toda a “pseudo-celeuma” [ainda por cima déjà vu]. Aprecio, no entanto [talvez um pouco inexplicavelmente] a sua imagem mais recente [que sussurra sem falar], e uma capacidade serena para falar apenas o que meditou e questionou [mesmo que não se concorde].
* ou "Caím Caím Caím" que lá tropeçei no raio do cão outra vez
Poesia sem rima
10.22.2009
Gostos
10.21.2009
10.20.2009
Cal [Canhota]
10.19.2009
10.18.2009
Let's do it
10.17.2009
Good morning
10.16.2009
Check please
- um anafado bife com ovo a cavalo,
- batatas fritas a boiar em molho [pois está claro],
- mostarda, ketchup ou maionese [como se ainda não bastasse]
- ausência de qualquer cor verdejante no prato transbordante,
- pão com fartura,
- cerveja ou refrigerantes [em pelo menos múltiplos de dois]
- e, para rematar, a maior fatia de bolo existente [que daria, ela só, para ficar almoçado e jantado] e ainda com olhar desconfiado se seria mesmo a maior
fazem muita, mas muita, questão em pedir adoçante para o café.
10.15.2009
Retrato
Era um retrato que conversava calado. Mudo. Que caminhava, a seu lado, mesmo depois de ter ficado para trás. Ia falando, ao longo do dia, desprovido de gestos ou palavras, num som, num cheiro ou numa brisa mais fria que surpreendia, de repente, a atenção.
Era um retrato, preso num vidro de moldura. Fechado mas vivo, respirando fora dele. Respirando com ele próprio. Era um retrato atento. Sério. Era um caso sério. Era um retrato vivo. E gostava dele assim.
10.14.2009
Arquitectura #9
10.13.2009
Arquitectura #8
[Igreja Dominicana convertida em loja de livros, Maastrich, by Merlx+Girod Architects]
10.12.2009
I might be wrong
Radiohead, I might be wrong
[ Open up, begin again
Let's go down the waterfall
Think about the good times and never the bad
Never the bad ]
10.11.2009
Política 0 - Jornalismo 0
"Regressei de três semanas longe, vim deparar-me com um espectáculo (mais um) inédito: todos os principais candidatos às legislativas e autárquicas desfilam, obedientes, tementes e esforçando-se para mostrarem sentido de humor, em entrevistas a um programa de entretenimento, cujos relatos têm depois uma ampla cobertura jornalística. Claro que não está em causa o valor dos Gato Fedorento, mas apenas o princípio: se a informação está agora a cargo dos humoristas, qual será o papel dos jornalistas no futuro breve – contar anedotas? Depois da política-espectáculo, eis que demos o passo seguinte: o espectáculo-política. E todos acham normal.”
Miguel Sousa Tavares
Concordo
10.10.2009
Beginning workout
... I'm running like i never did before...