Da grande página aberta do teu corpo sai um sol verde um olhar nu no silêncio de metal uma nódoa no teu peito de água clara Pela janela vejo a pequenina mão de um insecto escuro percorrer a madeira do momento intacto meus braços agitam-te como uma bandeira em brasa ó favos de sol Da grande página aberta sai a água de um chão vermelho e doce saem os lábios de laranja beijo a beijo o grande sismo do silêncio em que soberba cais vencida flor António Ramos Rosa |
10.28.2009
Página aberta, do teu corpo
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