Espera. Não te mexas. Deixa-me guardar-te assim. Assim, nessa simplicidade quase imóvel. Sensual. Deixa-me guardar-te para sempre. Sem dizeres nada. Assim. Sem te aperceberes sequer que te guardo fundo, dentro de mim. No sangue e na alma. Numa núvem. Algures, entre a pele e os lábios. Assim, tão perfeita que feres o olhar como um sol. Assim, para que te possa ver para sempre. Sobrevivendo ao tempo e a qualquer intempérie que sob nós se assole. Sobrevivendo a tudo. Para que te possa ver de olhos fechados. Para sempre. Sempre.
5 comentários:
Era isto. Era isto que gostava que escrevessem a pensar em mim. Era isto. Parabéns.
:(
Perfeito! Delicioso, como uma tarde de sábado...
E por falar em retratos sem máquina ... gosto.
xin xin
O amor é (sempre) perfeito, eterno. Mesmo que não o seja.
Vim parar aqui (outra vez) por acaso (ou talvez não).
Que mês inspirador... que amor forte esse que te faz escrever assim.
Genial.
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