Percorro-te no escuro, afagando o teu cansaço adormecido. Por entre a brisa calma dos dedos esguios e um morno oscilar da respiração. Vagarosamente, sem pressa alguma. Numa maré de seda, sem tempo ou lugar. Apenas tu.
O teu corpo é um poema aluado, que as minhas mãos interpretam como notas soltas de piano antigo, ficando a ecoar neste silêncio despido, soltando folhas de outono e sorrisos. Trazendo este tom sépia de fotografia que se quer guardar para todo o sempre e a tua alma aos meus lábios. Num beijo, um beijo só. No teu beijo da próxima manhã.
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