Somos arrastados por marés invisíveis. Correntes, imperceptíveis, que nos conduzem desprovidos de consciência. De vontades ou raciocínios. Baralhando-nos os olhos, julgados atentos, mas turvados pela azáfama dos dias que passam sem os conseguirmos agarrar. Levando-nos, arrastando-nos, sem que nos apercebamos.
O mar está tão calmo hoje. Apetece abrir os braços e limitar-me a boiar, oscilar na sua leveza, nos seus sussurros. É de noite. O silêncio invade todos os sentidos de uma tranquilidade sublime. De todas as estrelas há uma que puxei para mim. Para sempre me acompanhar e orientar. Para sempre brilhar de uma forma diferente. Para brilhar mesmo com os olhos fechados.
2 comentários:
...e que essa estrela
brilhe sempre para ti.
Mesmo que não a vejas,
que a sintas.
*
XinXin
a melhor parte é aquela em que se oscila na leveza do mar.
e no final ter a certeza que há sempre uma estrela que brilha para nós.
Bonito, meu caro Dry-M! :)
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