Levo-me no voo das minhas asas. Ao sabor do vento. Viajo, num bater largo. Pausado. Na corrente. Esticando o sentir ao limite da intensidade. Um planar infinito. Os olhos abertos, absorvendo as coisas frágeis como se estivessem fechados. Permaneço em lugares distantes. Refugios secretos. Que se diluem nos gestos. Na voz. Na segurança do andar. Regresso às vezes para te buscar. Num beijo. Num agarrar polido. Num tocar demorado. Parto agora mesmo. Dá-me a tua mão.
1 comentário:
Descobri hoje o teu blog. É fantástico, gosto imenso da escrita e das imagens, sobretudo do casamento das duas coisas. Estou a ler há que tempos num misto de surpresa boa e susto, pelo tanto com que me identifico em demasiados textos, alguns dos quais parecem ecos de mim. O tempo há de chegar para ler o resto, por agora deixo este comentário aqui só porque este é dos textos de que mais gostei do que li até agora.
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