3.03.2009

Moldura vazia, cheia de ti

Nem os dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória.


Nuno Júdice

6 comentários:

Pepita Chocolate disse...

Bonito! desconhecia!

Bjs

Anónimo disse...

olha, tenho uma moldura dessas aqui... E só me apetecia contemplá-la a ouvir Tom Waits e a beber um Favaios. Ou um Gin Tónico.

T disse...

Dry Martini,

Em resposta ao teu comentário: todos os que me leêm são, obviamente, queridos e fofos!! Os que me conhecem e me leêm são uns super queridos e fofos, verdadeiros tesourinhos, mesmo.

:)

xin xin

T disse...

Agora reparei... fui uma das tuas primeiras seguidoras, han?! Quanto luxo.
E não, não vou "cobrar" a retribuição da gentileza, porque felizmente a blogoesfera prima pela liberdade.

A Respigadeira disse...

O teu blogue consegue unir perfeitamente a palavra e a imagem. Parabéns!


Beijinhos

Vera disse...

Compraste o livro da Visão, certo?
Também descobri belos poemas que nunca tinha lido :)
É bom podermos contactar com a cultura a preços baixos!
Gostei de te conhecer:)

Assíduos do shaker

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