10.18.2008

As palavras por inventar


Plantei a ausência das tuas palavras
no deserto do meu corpo sem ti
reguei-o com a sede azulada da chama
que sei ainda morar no teu sangue

Nasceu então não planta, cacto ou flor
mas a noite mais antiga que os dias
Expessa. Crua. Aluada.
Uivando silêncios fecundos

Subi pelos seus ramos desnudados
Com a loucura dum veneno inflamável
Para te beijar do alto. No cume
Em mil palavras ainda por inventar

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