Faz-me um pouco espécie (para não dizer muita) e considero sintomático (do grau de afecto real) que ao rever alguns colegas de faculdade, a quem chamo de “amigos” e não via há anos, que a primeira coisa que me perguntem seja a fatídica questão do “onde estás a trabalhar, agora”, logo seguida dum chorrilho de perguntas de onde está este e aquela. E de comentários como “está muito bem” ou “mudou daqui para ali”. Pode parecer uma estupidez, ou sensibilidade excessiva da minha parte, mas, para além de não me interessar minimamente, soa-me quase sempre a “comparativos”, “invejas” ou "exacerbados auto-elogios" sem qualquer razão de ser (a meu ver, lá está). Até coabito bastante bem com namoros, casamentos e filhos, mas esta pergunta, assim a seco, é castradora de qualquer vontade de conversa. Onde estou? Aqui, à tua frente! E, curiosamente, já com vontade de ir andando, que se faz tarde.
6 comentários:
Não podia estar mais de acordo ...
Cada maluco com a sua mania :Þ
Está a acontecer-me em excesso. Mas também quem me manda passar uns dias na cidade onde estudei?
Andrómeda e Nikky, podem sempre seguir a minha dica .)
Rosita, como é que conseguiu desenhar a sua língua tão perfeitinha? :)
detesto esse tipo de encontros com pessoal da faculdade e/ou secundária. e afino com as perguntas sobre a situação laboral, pois soam sempre a competição, como bem referiu, mas acho que as do estado civil ainda me irritam mais, pois aí a competição ainda é maior. é ver quem casou mais cedo ou com o melhor partido; quem tem a melhor casa; os filhos mais "adoráveis";
quando se espantam por eu ainda estar solteira (e noto que o comentário é feito em tom ofensivo) desfio a lista dos nossos conhecimentos que estão a viver casamentos de fachada ou que já deram em divórcio. e depois afasto-me, na esperança de não voltar a ver essas pessoas que só se interessam por esses temas.
Deprimente... por totalmente fora de contexto :D
( sorry... não consegui evitar brincar um pouco)
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