8.29.2007

Estranho cansaço

Que cansaço é este
que enche sorrateiro
os corpos duma água pesada
Absorvendo movimentos
Turvando olhares
Calmo mas violento
Afogando sonhos. Alegrias

Que cansaço é este
Que transforma almas
em esponjas atoladas
Atordoadas
Indiferentes a outras formas
Rejeitando gotas de esperança

Que cansaço é esse
Pântano assassino
Que consome o oxigénio
Em redor
Arrastando o andar
Para zonas sem pé

Algures, estagnado
Mora um cansaço
Permanecendo
Vertendo lágrimas
para não rebentar
Cansado de si mesmo



2 comentários:

Anónimo disse...

O cansaço não tem nada de estranho. Estranho seria se, em nenhuma altura da vida, não nos sentíssemos cansados.Acredita: é uma contagem decrescente, sempre a diminuir de cansaço:)

lilazdavioleta disse...

A luta que travamos para obter conhecimento, acerca de vários assuntos,em detrimento do sobre nós próprios, tem, por força, que provocar um grande cansaço.

Assíduos do shaker

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