Aqui me sinto presa. Em mim. Presa neste corpo. Fraco, apertado, que desperta o desejo dos homens e a inveja das mulheres. Este corpo belo para tantos mas duma indiferença, quase invisível, para meu ser.
Corpo que não escolhi. Que embrulhou esta alma rebelde, com um laço apertado, que estrangula e aleija esta inquieta leveza insaciável que quer a fuga a todo o momento.
Não sei que corpo lhe serviria. Penso que nenhum. Ou talvez algum ainda não inventado. Mais denso, mais inócuo, que cobrisse melhor esta luz que tenta sair por todos os meus poros.
E assim continuo. Estática. Presa. Presa no meu corpo como fera enjaulada às voltas, num lento enlouquecer. Penso se a morte calará esta voz ou se já morri e fiquei presa neste caixão.
Aqui estou. Existo. Persisto. Presa em mim…
1 comentário:
Adorei o seu army of dreams :)
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