"Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana"
Marguerite Yourcenar
Na teia dos meus pensamentos
percorri o passado num cálice de Porto
descendo o rio
com a brisa vagarosa da noite.
Escorreguei em espelhos de água
danças de flashs, imagens.
Derrotas mais importantes que vitórias
beijos de veludo, cumplicidades, amigos.
O passado é uma tarantula
macia ao toque, venenosa
se por lá ficamos, embalados
agarrados ao que não volta.
Passado o calor no peito.
Presente o património da memória
o futuro permanece escondido,
na teia de uma tarantula.
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