Ainda há tempo para rolar na relva, para dar a mão à poesia
Ainda há tempo para entrar na noite escura e acenar ao passado
Ainda há tempo para ser simples e inteiro, baralhar e dar de novo
Ainda há tempo para repartir e dividir, para fechar os olhos e tudo ter
Ainda há tempo para poisar nos teus cabelos, respirar, dormir na tua sombra
Ainda há tempo para o mar, para o arrepio, para bossanova
Ainda há tempo para sacodir as palavras, espantá-las livres como pássaros
Ainda há tempo para amar a vida
Amar, sem medo, sem pé, como quem se inunda de facas
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