O Estoril Open tornou-se uma espécie de aldeia dos macacos sem a inocente graça e naturalidade dos mesmos, mas mantendo uma certa, digamos, curiosidade antropológica, não fosse triste a exacta amostra do país. Nele gravitam um fraco verniz 'empiriquitado' de umas quantas caras conhecidas: da advocacia, à política, do jogador da bola à revista cor de rosa, misturando-se num rebanho denso, uniforme, que se põe a jeito da fotografia fácil. Emanando conversa de circunstância, sexista ou de humor duvidoso, desprovida de qualquer charme, qualquer inteligência, com uma gritante falta de valores nas suas frases feitas ou pensamentos amorfos e um despudor de quem vai a um evento desportivo apenas pelo acto de se fazer ver mostrar nessa montra de zoo, grande maioria sem pagar, ou pôr o 'Laboutin' no corte, sem o mínimo de conhecimento ou interesse na sua essência - Ténis. Ficando apenas pelo croquete grátis e espumante rosé. Triste espectáculo, debotado. Terra batida esta onde se jogam as aparências e se iludem as realidades.