2.05.2012

Sopro



A voz esguia do silêncio,
deslizando, sedosa
como que a alisar lençois

Dissipando o peso
oculto num leve
semear de girasóis

Brotando sem dono,
sem caminho
Calando o relógio
a pentear a chuva nos beirais

Resgatando a atenção do corpo
para um miar denso e aluado
Um suspiro que se prolonga
e chama pelo nome puxando pela mão

Quando os pássaros poisam
e entregam o canto ao assobio do vento
é o pensamento que se perde
e voa mais alto

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