Uma coisa nunca é apenas o que é. Varia na forma e no lugar. Varia no tacto, no carinho e no que de nós lhe cunhamos. Varia na lentidão do tempo reservado e na palavra emprestada. Varia no olhar e nos olhos fechados. Varia no simples prazer da oferta, na reacção, no sorriso que ilumina as salas e no tocar dentro do escuro. Varia nos silêncios e na imaginação. Uma coisa nunca é apenas o que foi. Varia. Chega a ser o que ainda não foi. Chega a ser o que dela fica para sempre. Uma coisa nunca é apenas uma coisa só. Varia, nos teus lábios, nos teus gestos, na tua música por detrás de todas as coisas.
* Sementes e colheres variavelmente dispensáveis
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