4.25.2010

Igual não... parecido

O meu primeiro carro foi um destes: velhinho, velhinho. velhinho, mas devidamente restaurado e pintado com uma cor viva, quente e alegre. Ainda hoje tenho saudades dele: das viagens de capota aberta, óculos escuros e vento no cabelo, das parvoíces do trio vocal habitué [de pé, no banco de trás, a cantar o "nós somos Duarte e Companhia", de conduzir de pés descalços e dos bancos cheios de areia das toalhas de praia espalhadas, da valente amolgadela no capô por um dos tais habitués se ter achado super elegante para se sentar por lá, de me esquecer de pôr gasolina por parecer nunca se gastar, do abrigo mais quentinho de sempre [molhado até aos ossos] à saída da primeira e última festa da espuma a que compareci, e de tantas outras histórias que ficaram tatuadas e gravadas na memória. Ainda hoje viro o olhar quando vejo passar um igual. Igual, quer dizer... parecido.

2 comentários:

um perfeito estranho disse...

São lindos. ;)

Dry-Martini disse...

Perfeitos! :)

XinXin

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