Rasga o vestido preferido
numa linha de som
E viaja nela, num repentismo infinito
Soluçado
Numa estrada desfiada
que se rasga com ela
Que nasce e morre, ali
Na violência dum afastar de braços
que deixa a nu um desalento fundo
vagueando com ela
dentro dela, num barco à deriva
E no saltitar dos botões
que abraçam lentamente o chão
soltam-se as mãos exaustas
Penduradas
Balançando no eco pegajoso
que se cola ao silêncio
Parte o copo onde se vê.
Em mil brilhos despedaçados
Aguçados, afiados
Estrelas de luz aprisionadas
Pedaços invertidos de céu
percorridos com pés descalços.
Cada ponto? Um novo lugar, adiado
Hipóteses contidas no objecto desfeito
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