Encosta-te a mim e não me olhes, por agora. Sabes? Há coisas que os olhos não podem captar. Deixa-te estar, assim, apenas amparada no meu peito. Como uma folha ao vento. Aqui, neste cume do mundo. A esta hora mágica. Deixa-me abrir-te os braços, assim. Pegando-te nas mãos. Fecha os olhos e sente o mais fundo calor dos rostos, contrastando com o ar frio, a bater-nos na cara. Somos o centro do mundo. Aqui. Agora. Neste cume. À nossa volta, a vista mais perfeita pode esperar. Sente a suavidade morna a dissipar-se na pele e não digas nada. Nada. Respira apenas este silêncio próximo. Este momento de paz. Esta sonoridade escondida, que une as pulsações. Quando abrires os olhos terá passado. Quando abrires os olhos, apenas te quero beijar.
1 comentário:
Do alto observo em meio aos prédios alguma conversa que acontece em algum lugar.
Cadinho RoCo
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