As núvens passam. Lentas, brandas, alheadas. Num ritmo próprio, leve e incerto. Vapor de água pura, tomando formas. Mas continuam sempre, passando. Numa viagem mutante. Planando sem rede sobre nós. Para um local distante, desconhecido das pressas mundanas. Esquecido pelos olhares ocupados. Mas lá estão, atentem. Passando. Passando. Passando.
A mim? A mim levam-me, por vezes, com elas. No seu bailado de vento. Na embriaguez das formas vivas. Para longe. Para um longe branco. Um longe isolado. Um longe estranhamente próximo. Estranhamente tão próximo. Tão mais próximo de mim.
7 comentários:
Está nas nuvens, portanto...
xin xin
Tenho a impressão que com a vida cotidiana, as nuvens passam rápidas demais. E são esquecidas realmente pelos olhares ocupados. Queria eu ter tempo de subir numa nuvem dessa e simplesmente IR. Eum meu Dry Martini e meus livros da Clarice e do Caio F.
Gostei desse canto aqui. Estava procurando curiosidades sobre essa bebida que adoro e acabei "nessa dose" aqui.
Gostei do que escreve.
Eu tb tenho um blog. Já adicionei vc ao meu. Faz uma visitinha lá qnd puder.
Um abraço e boas doses.
Ps. Vc consegue explicar a alguém a sensação que temos qnd misturamos a bebida ao sabor da azeitona? =) Eu não sei...e nem pretendo pq tem coisa que basta sentir.
Gostei particularmente da segunda parte.
As tempestades também são feitas de nuvens pretas, obscuras, que outrora foram nuvens brancas, calmas, que viajavam ao sabor do vento!
Pelo que me parece tu ainda tas nas brancas. A questão é, tornar-se-ao estas em nuvens de tempestade?!
Muitas vezes sou eu que passo sobre as nuvens. Bem-feita, que é para elas não andarem assim por aí, armadas em espertas!
Bailas com elas ao som do vento?!
Tantas são as vezes que me deixo embalar...
Beijo.Meu.
Acho que a seu leveza nos embala...
transmitem paz mas tambem tempestade!
beijinho para ti
Enviar um comentário