Os meus passos sou eu e eu sou esta manhã lunar. A memória é como uma maldição. Caímos na eternidade e a memória é um peso, continua a prender-nos, em qualquer ponto. Lembro-me de tantas coisas impossíveis. Agora caminho por esta manhã deserta. As pedras do passeio debaixo dos meus passos. Ninguém, nem sequer eu próprio, me pergunta para onde vou. Sou aquele que sonhou com tudo aquilo que é proibido sonhar. A manhã [continua] é ainda lunar.
Frases soltas, (re)escritas extraídas dum texto do José Luis Peixoto
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