Vi em ti a pálida nitidez da certeza. Uma certeza frágil de tão indelével. Frágil mas presente. Como um som grave que perdura para além da música. Por muito tempo. Às vezes por uma vida. Uma gota de chuva que não se diluía na vastidão do lago do parque. Não se deixando afogar. Brilhando quieta. Marcando a sua presença. Ali, desde o primeiro momento.
Desfocavas tudo em teu redor. Até a ti própria Astrid. Desfocavas o certo e o errado. O desejo e a dor. Desfocavas todos os sentidos mas mantinhas essa certeza rara. Límpida apesar de morar para além do racional. Talvez fosses um quadro esquecido apagado pelo tempo à espera do meu olhar mas Astrid vi no teu subtil levantar de rosto e esticar de asas o teu espaço guardado. Escondido de todos. Do mundo. Nele vi essa certeza que não me assusta mas atormenta.
Desfocavas tudo em teu redor. Até a ti própria Astrid. Desfocavas o certo e o errado. O desejo e a dor. Desfocavas todos os sentidos mas mantinhas essa certeza rara. Límpida apesar de morar para além do racional. Talvez fosses um quadro esquecido apagado pelo tempo à espera do meu olhar mas Astrid vi no teu subtil levantar de rosto e esticar de asas o teu espaço guardado. Escondido de todos. Do mundo. Nele vi essa certeza que não me assusta mas atormenta.
1 comentário:
"Desfocavas todos os sentidos mas mantinhas essa certeza rara."...
para além de um excelente texto, uma excelente Cisne, talvez mais focada do que o que parece...ou que os outros consigam alcançar!
Bom fim-de-semana! Xin-Xin
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