6.01.2008

Ancorado em ti

Aqui me encontro com esta saudade salgada dum ainda nada que é já tanto. Nesta espessa maresia aguardando os teus dedos de praia secreta. Por descobrir. Esperando um sol que me envolve. Que me percorre. Aqui me encontro neste mar revolto em que um dia ancorei à espera dos teus lábios de veleiro. Que sempre soube a caminho. Que sempre nos levam para águas distantes. Esquecidas deste mundo. Onde nadamos envoltos como algas. Juntos. Vestidos de peixes. Despidos de tudo. Águas onde só chega quem não teme tempestades. Onde só chega quem não teme perder-se. Onde só chega quem não teme dar à costa. Nesta praia deserta que é a tua espera.


1 comentário:

Gisela FFale disse...

saudade...
"Não há saudade sem regresso, não há noites sem madrugada. - Pedro Abrunhosa!"


Xin-Xin

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