vamo-nos moldando, aos poucos
num barro árido e gretado
cujo tom já não é o do sangue
mas o do betão.
Espesso e intransponível
revelando frestas sedentas
cortando, aguçadas, as mãos
de quem lhes tenta tocar.
Pó mal cozido
por falta de calor dos afectos
Enfraquecido ao sol.
Deixado à morte,
no falso viver dos dias.
Falamos muito para nada dizer
Somos prisioneiros dos corpos
embaciados de alma
Somos prisioneiros dos corpos
embaciados de alma
que tudo guardam
e nada recebem sem desconfiar
Vemos fraqueza na aproximação
ridículo no esticar de mão.
Trocamos os Tus pelos Eus
Vestimo-nos da falta de tempo
ou deitamo-nos em caixas de Pandora
outrora tão diferentes.
Disponíveis. Sensíveis.
Ocultamos afectos
e nada recebem sem desconfiar
Vemos fraqueza na aproximação
ridículo no esticar de mão.
Trocamos os Tus pelos Eus
Vestimo-nos da falta de tempo
ou deitamo-nos em caixas de Pandora
outrora tão diferentes.
Disponíveis. Sensíveis.
Ocultamos afectos
como uma virtude
esquecendo que só amamos verdadeiramente
esquecendo que só amamos verdadeiramente
aqueles a quem conhecemos
melhor que eles próprios.
Estou cansado de pedras preciosas
O meu tesouro é o brilho dos sentimentos
Estou cansado de pedras preciosas
O meu tesouro é o brilho dos sentimentos
1 comentário:
Gostava de ter respondido por mail, mas não encontro em parte alguma... Não percebi o comentário no post do ski :(
B3ijos
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