Ser chuva pelo teu corpo
envolvendo-te, às primeiras gotas,
nessa forma insipiente
entre a inocência e o despertar do desejo.
Correr em ti, na violência de um rio
arrastando sentidos, levantando estacas.
Infiltrar-me nos lábios, entreabertos,
estremecendo a tempestade
num torpor. Libertando um esgar.
Uma folha, que desce comigo.
Molhar-te os olhos, a pele, os ossos.
Inundar-te a alma de mim.
Gota a gota. Toque a toque,
No barulho da chuva.
Precipitar-me. Diluir-te.
Para que juntos, finalmente,
possamos ser um só.
Misturados, nesse líquido
que já não é chuva e se faz nuvem
no calor da paixão.
2.24.2008
Líquido
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
Líquido,
envolvente,
uma invasão de sentidos...
:)
Bj*
BELO!!!
Mesmo lindo, adorei, bjs
Tomar um corpo como a chuva toma a terra; perece-me que ambos são movidos pelo mesmo amor, pela mesma ânsia.
Seu poema é muito bonito, intenso.
Gostei muito.
Abç.
Ricardo
lINDA PARTICIPAÇÃO.
a CHUVA NOS INSPRIRA AOS GRANDES POEMAS.
tEMBÉM ESTOU PARTICIPANDO.
http://sandrarandrade7.blogspot.com/2010/10/coletiva-da-fabrica-das-letras-o-cheiro.html
CARINHOSAMENTE,
SANDRA
Penso que o cheiro da chuva para ti é semelhante ao que é para mim.
Fantástico texto.
Fantástico!
eu também participei,
saudações otárias!
Uma palavra: lascívia.
Enviar um comentário