Oscar era um focinho com orelhas. Do seu pequeno porte e pelo rasteiro era isso lhe transparecia. Como que num íman gravitacional as orelhas caíam-lhe tapando-lhe toda a cabeça onde se avistava apenas o seu focinho húmido, colado ao chão, e um andar vagaroso que não conhecia o tempo.
Conhecia todos os cheiros e ruídos. Pressentia o futuro com um arregalar do olho esquerdo, sempre desconfiado ou andando aflito, em círculos, quando antevia uma desgraça.
Ficava frequentemente para traz, distraído com algo e preservava sempre uma certa distância nas suas alegres caminhadas.
Apaixonei-me para sempre pelo seu estado híbrido, algures entre o dormir acordado e uma sonolência de orelha levantada.
Conhecia todos os cheiros e ruídos. Pressentia o futuro com um arregalar do olho esquerdo, sempre desconfiado ou andando aflito, em círculos, quando antevia uma desgraça.
Ficava frequentemente para traz, distraído com algo e preservava sempre uma certa distância nas suas alegres caminhadas.
Apaixonei-me para sempre pelo seu estado híbrido, algures entre o dormir acordado e uma sonolência de orelha levantada.
1 comentário:
Tenho a certeza que, também, me apaixonaria pelo Oscar.
Bem, nem sei se já não me apaixonei.
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